sábado, abril 07, 2007

Diário de Viagem - 2

# Aí vai a segunda parte do diário. Bjos!

18/02

8h57min: Chegamos à praia. Frio, frio, frio, frio!! Está nublado e ventando muito. A água está geladérrima e as ondas estão mais altas que na tarde de ontem. Não agüentamos o frio e voltamos para a barraca.
10h09min: finalmente desagüei do queijo empanado.
10h40min: Néia queria entrar na água de novo, mas o frio e as ondas mais violentas fizeram com que ficássemos na arrebentação. Só eu não caí nenhuma vez, mas que levei umas boas chicotadas de água, levei.
11h22min: Pat e eu saímos para catar conchinhas. Colheita boa.
12h40min (aprox.): comi churros (é, viajei isso tudo e acabei nos churros) e chupei picolé. Nota mental: não pedir mais o sabor Kinder Ovo: não é de chocolate.
13h25min: consegui construir na areia alguns ambigramas, inclusive com meu nome. Fiquei com mania deles depois de ler Anjos e Demônios.
14h08min: Voltamos à água para desaguar a mãe. As ondas estão passando acima de nossas cabeças, mas com mais força que de manhã. Numa dessas, agarrei o braço do Lucas e me desequilibrei. Quase afundamos os dois. Saí da água.
14h47min: Por estar sem óculos, me perdi de novo. Ao esperar pela ducha, noto que as pessoas que estão aqui parecem desconhecer termo como “fila” ou “ordem de chegada”. Mais cedo, uma moça simplesmente tirou o Mateus de debaixo do chuveiro e entrou. No meu caso, dois caras estavam querendo dar uma de espertos. Apenas sorri e não permiti que ficassem na minha frente, de forma ostensiva. Acho que entenderam o recado. Finalmente voltamos à pousada. Hoje, sim, quebro meu recorde.
15h20min: estabelecido o novo recorde de almoçar tarde.
Fim da tarde: fomos a Itaipava. Nada a declarar, não saí do carro.
20h: o povo fez um churrasco. A Pat e eu comemos umas bolinhas de queijo meio borrachentas. Não sei de onde saiu a idéia primeiro, mas compramos 30 fichas para sinuca e totó. Joguei totó algumas vezes, mas só ganhei duas ou três: sou ruim demais. Os meninos ficaram nervosos quando comecei a implicar com eles, mas é que eles ficam se achando os máximos ao ganhar de mim e da Pat, mas bem que levaram uma surra do Eduardo e da Néia (o Eduardo joga bem). Por fim, a Néia e a Vivi ficaram sozinhas na sinuca, a Néia só tinha matado a 1 depois de vinte minutos de jogo. Elas trocaram os números na hora de tirar as bolas da mesa por erros, aí foi uma festa. Depois de muito tentarem e não conseguirem nada, decidiram apenas ver quem matava mais. A Vivi ganhou por 6 a 2.
23h50min: Hora de dormir. Tem uma daquelas aranhas pernudas enorme na parede, pouco depois dos pés da minha cama (por que os bichos daqui são tão grandes?!). Espero que não venha para o meu lado.

19/02

2h29min: Acordei. A aranha ainda está lá e não consigo dormir de novo. Tento manter a frieza e não desejar que ela morra. A culpa não é dela de eu ser uma medrosa. Aliás, frieza está difícil nesse calorão. Até que não estaria tão quente se eu não estivesse tentando tampar a cabeça com o virol.
3h32min: Dormi e acordei de novo.
7h27min: enfim, acordei definitivamente. Hora de ir à praia.
9h56min: Saímos da água. Estou sentindo um calor nas minhas costas, acho que finalmente queimei pela primeira vez na vida. Estou igual a um lobo-guará: braços e pernas escuros e corpo avermelhado.
11h39min: Saí para catar conchinhas. Colheita regular. As conchinhas que mais se viam eram umas vermelhas escritas Coca-Cola e umas amarelas escritas Skol. Bitucas de cigarro, dá pra perder a conta. E peixes da espécie pet, então...
12h: Mais ambigramas. Empolguei.
15h05min: Hora do almoço. Aquilo que estava quente nas minhas costas agora arde quando toco.
16h17min: mamãe e Néia estão acabando com as amoras da pensão. Estão uma delícia. Os outros garotos que estão hospedados aqui acharam o máximo tentar pegá-las, já até pularam o muro.
17h: Fomos à feirinha de Itaipava. Ela é bem arrumadinha e tem um monte de coisas baratas. A mãe quer um pijama, mas não tem Visa nas lojas que vendem pijamas. Ganhei um Snoopy feito de miçangas e uma corujinha de conchas muito fofis. Ela vai combinar bem com o ímã de geladeira de coruja que a mãe comprou na praia. É o mesmo tipo de concha da grande, só que pequenininha. Falta um presente pra Vó Nenega e pra Vó Terezinha. Pra Vó Tetê, a mãe achou uns sapinhos. Pra Vó Nenega, uma camisa. Depois de pagar e levar, mamãe acha que não vai servir na vó e que a cor está errada.
18h30min: Já em Itaoca, pedi um chaveiro de concha, uma daquelas conchas bonitas que dá pra “ouvir o mar”. Os meninos disseram que isso é bobagem, dá certo até com copo, mas a idéia de ouvir um barulho parecido com o quebrar de ondas dentro de uma concha é poética demais para ser desprezada. E depois, só pedi o chaveiro porque não estava escrito “Itaoca” na coruja.
Hora em que começou a novela: Saímos para jantar fora. Fomos àquela pizzaria de antes de ontem, dessa vez comemos hambúrguer (a Vivi, o Paulo, a Néia e o Eduardo foram a Itaipava fazer programa de gente sem filho). O nosso garçom, dessa vez, foi um rapaz que se esqueceu qual era nossa mesa e ficou rodando com os pedidos. Ai, ai! No caminho para a pizzaria, a mão comprou um arranjo de concha escrito Itaoca (aparentemente, não sou só eu que faço questão disso...).
23h29min: Numa tentativa desesperada de acabar com a bateria da máquina, estou fazendo vários vídeos, inclusive de mim mesma, escrevendo aqui, escovando dentes... Tirei algumas fotos de bobeira e a bateria acabou mais rápido, mostrando que não é lei de Murphy ela acabar no meio das festas, é o flash mesmo.

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