# OK, OK! Eu vou cumprir minha promessa, juro! Mas enquanto não dá (tive duas semanas de prova, gente, me aliviem!), lá vai um pequeno texto, que até hoje não sei dizer se é mini-conto, crônica ou o quê. Bjim!
É aqui
# Em tempos corridos e capitalistas como esse, o campo é encarado de forma poética, o refúgio de uma cidade fria e agitada.
# Sei de uma historinha curiosa a esse respeito. Relaxa, é pequena, prometo. Se ajeita aí na cadeira e ouve, depois vai dar tempo de você terminar seu trabalho, eu garanto.
# Está vendo aquele homem ali de terno, o celular quase fazendo parte do corpo, cabelos cada dia mais ralos? É um rico empresário. Tem pressão alta, não dorme sem remédios. Solteirão. Não vive, negocia.
# Dizem que o Natal amacia os corações mais duros. O Natal daquele ano foi encontrar o rico empresário com o celular desligado, descendo de sua limusine blindada, às portas de uma fazenda.
# Logo que ele chegou na porteira, inspirou profundamente o ar puro. O ruído de grilos e pássaros era um silêncio ensurdecedor para ele. Caminhando junto ao homem que queria lhe vender a fazenda, o ricaço ouviu um cão latir longe como um sonho, a bica em sua eterna cadência, o vento nas folhas das árvores.
# Um bosquinho no limite da propriedade fervilhava de vida. Havia micos. Pássaros. Talvez até onças. O riozinho cristalino, entretanto foi o que encheu os olhos do empresário. Cheio de peixes, pedras no fundo... Esse barulho de queda é uma cachoeira?
# “É aqui!”
# Cheio de natureza, a alma silenciada, ele fechou o negócio e comprou a fazenda. Um presente de Natal para ele mesmo.
# No dia 26 de dezembro, bem cedo, retirou-se a placa com o nome da fazenda, “Arcádia”, e colocou-se outra: “Em breve, neste local, X Siderúrgicas S/A monta uma nova fábrica. Muitos empregos! O progresso chegou ao campo!”
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Um comentário:
Saudações obscuras!
Essa é a triste realidade em que espíritos pobres destróem a natureza em prol do dinheiro, o dinheiro é neutro por isso você pode fazer coisas boas ou más com ele...
Abraços obscuros.
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