quarta-feira, setembro 03, 2008
Chá de cogumelo
# Hoje, resolvi quebrar a falta de escritos que tem me acompanhado desde a última atualização, e postar esse conto psicodélico. Foi baseado num sonho. :D
# Bjins!
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A hora em que as Coisas Acontecem
Eu sei que está tarde. Sei mesmo. Mas continuo digitando no mesmo ritmo.
Meus olhos parecem estar cheios de areia, as letras do documento do word se embaçam. Isso é bom. Significa que está quase na hora em que as Coisas Acontecem.
Não disse? Olhem só essa coisinha dourada que entrou voando pela janela. Estão ouvindo? Não parece que esse zumbido é, antes, uma música? Ou meus ouvidos estarão me traindo?
A coisinha dourada está voando e a tocando a musiquinha zumbida em volta de mim. Bolas. Odeio coisas esvoaçando em volta de mim. Sai! Vamos, saia! Na minha cara não!
_Quer parar com isso?!
Não disse que é hora de Coisas Acontecerem? A coisinha meio que explodiu e virou uma fadinha de cabelo vermelho, viu só? Uma fadinha [i]zangada[/i] de cabelo vermelho. Foi ela que falou, juro! E agora, está voando em minha direção. Sai pra lá jacaré!
A danada se agarrou na mão que usei para detê-la. Preciso tirá-la dali. Será que ela sai se eu pux...
AI!
Ela me mordeu! E está chupando o sangue!
Já chega! Fora, fora, fora!
Nada como um caderno de capa dura para persuadir uma fada a te largar. Ela virou aquele treco dourado e saiu zumbindo música pela janela. Pelo menos, acho. Pode ter dado meia-volta e estar me espreitando. Lá se vai um sono sem paranóias...
O machucadinho está ardendo. Malditas fadas. Por que os contos de fada nunca avisam que fadas mordem?
Meus olhos se fecham e dou uma cabeceada. As letras do documento do word voltam a se focalizar. A mordida da fada parou de doer. Aliás, a marca já sumiu. Melhor assim.
Acabou por hoje. A hora das Coisas Acontecerem já passou. Começou a gêmea dela, a Hora de Dormir.
Boa noite.
segunda-feira, julho 28, 2008
Avatares... Essa minha perdição!
# Esse aqui é o meez.com Caramba, povo, a ferramenta 3D deles é ótima! Só que achei os tipos masculinos grosseiros demais. :\ Vejam se a Strix não parece gente:
# Fiz a danada em várias posições, inclusive. Mas não vou pôr todas aqui para não sobrecarregar. As que ficaram mais fofas:
# Olhar maligno:
# Corpo inteiro:
Infidelidade... Por que será que pensei nisso? ^^"
# Acho que não ficou nada mal. Mas opinião de mãe não conta, logo...
# (É, e vocês conhecem o Diego e a Cristina desse conto... :D)
Lucy
Em homenagem a uns meninos ingleses
que conheci há pouco tempo, mas já admiro muito.
Diego acabou suas obrigações e olhou o relógio. Três horas! Eram apenas três horas, e ele já não tinha o que fazer até a hora de dormir. Olhou para a aliança de noivado em seu dedo e lamentou que a gêmea dela estivesse a quilômetros de distância, em outra cidade.
“Cristina...”
Sem Cristina, as horas passavam como um sistema de cinco incógnitas e cinco equações, como um período tortuoso, comprido e cheio de preciosismos, como um interminável e dissonante intermezzo.
Um tédio.
Era em horas como aquela que ele sentia saudades de estar com ela, conversar com ela, tocá-la, aborrecê-la, fazê-la sorrir... E logo que se lembrava da distância entre os dois, ele via que aquilo era impossível.
Se ao menos tivesse algo para fazer... Mas não tinha.
Tinha apenas a saudade e uma necessidade profunda e imediata de dar e receber afeto. Uma idéia travessa cruzou-lhe a mente, e ele a dispensou. Cristina não iria gostar. Porém, já dizia o grande escritor, idéias são da família das moscas. A idéia voltou e voltou, até que ele cedeu. Só havia um jeito de aliviar aquela saudade, aquele desejo.
“Lucy.”
Sua tentação e sua perdição.
Diego levantou-se da cama e cruzou, cuidadosamente, os longos corredores daquele que acabou se tornando seu lar. Parou diante da porta trancada e, com a habilidade que vem da reincidência, arrombou a fechadura.
Lá estavam elas, trancadas para serem protegidas dos homens que as buscavam, ávidos. “Como se elas não quisessem o que quero tanto quanto eu.” As mais novinhas pareciam ansiosas, mas ele as ignorou. Procurava um leito especial. No mesmo lugar onde, num saudoso passado, já estiveram Julia, Penny, Pepper e Hill, Lucy repousava tranqüila.
A mais velha de todas.
Não podia ouvir, nem falar, mas ele percebia que ela mal podia se conter. Isso aumentou a ansiedade de Diego, que, naquele dia, já estava muito grande. Agarrou o braço de Lucy sem cerimônias e levou-a consigo para o quarto dele, sem dar nenhuma explicação. Ela seguiu-o, dócil.
Quando chegaram ao quarto, ele abraçou-a forte e se atirou na cama com ela. Houve um pequenino som de protesto, e o garoto apressou-se em colocá-la em posição mais confortável. Após um rápido afago, um zíper foi puxado e o vestido preto e justo de Lucy foi atirado displicentemente para o lado.
Agora sim!
Como eram belas aquelas curvas! Como aquela visão o encantava!
Diego começou tocando levemente os cabelos dela. Lucy gemeu melodiosamente. Aquilo fez o corpo todo do garoto tremer de satisfação. Um novo toque e o mesmo som. “Você gosta de me provocar, não gosta? Sabe bem que a Cris não está aqui. Bobo daquele que diz que você não percebe nada...” Sentou Lucy em seu colo e passou a fazer-lhe cócegas leves na barriga. O gemido se tornou ainda mais suave, quase um ronrom. “Sua malandra! Sabe que a Cris tem muito ciúme de você? O que ela diria se nos visse agora? Ou melhor, o que faria? Ela não é do tipo de ladrar muito... Ela morde, Lucy.” Alheia aos pensamentos de Diego, Lucy continuava abandonada a suas carícias, correspondendo com os sons que o garoto tanto adorava.
Com Lucy, o tempo e o espaço pareciam se distorcer aos poucos. A cama e o quarto eram tão grandes quanto o Universo, o tempo fluía em velocidades diferentes para cada momento. Céus de marmelada. Flores de celofane. Táxis de jornal.
Caleidoscópio. Um grande caleidoscópio.
Os minutos com ela logo se converteram em horas, e não foi sem alarme que Diego constatou que já eram seis horas. “Ficamos até tarde hoje! Logo darão por sua falta!” Ainda acariciou-a, deitada em seu colo. Sem pressa, o vestido foi reposto e eles voltaram se arrastando para o quarto de Lucy.
“Cris não vai ficar brava comigo, se descobrir, vai? Sei que vai entender. Faço isso porque a amo. E, sem ela aqui, só passando muito tempo com a Lucy para suportar sua ausência. Lucy não é concorrente da Cris. É sua suplente.”
Deitou Lucy muito suavemente em seu lugar, jurando que ainda encontraria um modo de não permitir que outras mãos, que não as dele, tocassem-na. “Você é minha, Lucy. Sabe disso.” Ele não queria as outras que o esperavam, cheias de desejo de trabalhar. Nem chegavam aos pés da mais velha. Seus nomes não lhe diziam nada. Elas não eram nada para ele.
A porta foi trancada novamente e Diego se afastou. Os pensamentos com a noiva se alternavam com os pensamentos com ela.
Lucy.
Sua companheira de solidão.
O alívio de seus desejos.
Sua eterna amante.
Lucy.
A melhor guitarra do Conservatório.
terça-feira, julho 01, 2008
Ainda falando em Bram & Vlad...
# Mas a maior novidade é que vou conseguir uma periodicidade decente! \o/ Toda semana tem Bram & Vlad, agora. Se a maré de inspiração continuar, talvez eu consiga duas por semana. \o/
# Então, toda... hum... vá lá, toda quinta-feira tem tira nova dos garotos. =3
# E não se esqueçam de visitar: http://bramevlad.blogspot.com/
sexta-feira, junho 20, 2008
Blog do Bram e do Vlad atualizado
# O link taí. Em breve, Strix e cia. vão dar uma volta por lá, também. :D
# Divirtam-se. ^^
Vida de sem-teto
# (Abandonando, oras. =p)
# Na verdade, isso foi obra de uma longa saga que ainda não terminou completamente. Tudo começou quando a dona do apartamento onde eu morava o pediu de volta para ela morar. Logo, numj belo fim de semana, as meninas da república e eu descobrimos que estávamos sem-teto. Não sei se comentei, em outra oportunidade, que moro perto do campus da UFMG. E as meninas arranjaram apartamento lá na Savassi, que fica a quilômetros daqui. :P Sem escolha (pena, porque gosto muito delas), tive que "abandonar" as meninas e ir morar nos fundos da casa da chefe do meu pai.
# Até que não posso reclamar. A casa lá era excelente, ficava do lado da piscina da casa "principal", era grande, confortável, etc, etc... Mas eu estava tendo que andar diariamente cerca de cinco ou seis quilômetros para pegar ônibus. -___-" Foram duas semanas em que eu só chegava em casa para tomar banho, encher o bucho e dormir, não necessariamente nessa ordem. :\
# Semana passada, bem em meio a um simpósio de Química, finalmente consegui um lugar pertinho do campus, numa outra república. Se aumentei quinhentos metros na minha caminhada anterior à experiência do ônibus, foi muito. Claro que o momento foi péssimo: simpósio, mudança e provas finais chegando, tudo ao mesmo tempo. É de enlouquecer. T_T
# Ainda estou sem internet em casa, mas as coisas começam a voltar ao normal. Desculpem a desaparecida, voltaremos com as postagens mais ou menos semanais logo, logo. ^^
# Bjins a todos.
quinta-feira, maio 08, 2008
Essa faculdade... Essa faculdade!
# Vou colocar algo bem nonsense e muito despretensioso, é o tipo de coisa que a gente faz quando está sob pressão. :D
# Com vocês... A volta dos que não foram! O retorno de Dingo! :D
Dingo está em seu escritório mexendo atentamente em seu computador. Entra uma cliente.
CLIENTE: Graças a Deus que você está aqui! Preciso que investigue um assassinato!
DINGO (resmungando): Que assassinato?
CLIENTE: Qualquer um!
DINGO: Mas hein?
CLIENTE: É que sempre quis ver um detetive em ação...
DINGO: Agora, não. Estou ocupado.
CLIENTE (voz de pidona): Por favor...
DINGO: Não.
A cliente mexe um dos pés, embaraçada. O detetive não pára de mexer no computador, com a testa franzida e ar solene.
CLIENTE: Por favor.
DINGO (assustando-se e, logo, se irritando): NÃO! Estou ocupado com algo muito sério. Dá pra ser depois?!
CLIENTE: Por favor.
DINGO: Não.
CLIENTE: Por favor.
DINGO: Não.
CLIENTE: Por favor.
DINGO: Não.
18762529236726 “Por favor.” “Não.” depois...
CLIENTE (inchando as bochechas): Ah, vai, só um crimezinho de nada, não seja mau, o que é que custa, anda sim, anda siiiim?
Dingo saca uma AK47 e fuzila a cliente. Levanta-se e vai até ela.
DINGO: Muito bem, muito bem... Temos um assassinato aqui. Vítima, a Cliente. Causa mortis, um único tiro de AK47. Motivo do crime, insistência irritante. Criminoso, eu. Caso encerrado. Com licença, vou pegar meus honorários.
Ele se abaixa e retira algumas notas da carteira da Cliente.
DINGO: Aaah... Nada como o silêncio para eu continuar meu truco on-line...
quinta-feira, março 27, 2008
Vamos brincar de bandeirantes?! \o/
# O texto é velhinho, mas não postei aqui, e é um crime que eu não poste coisas da loirinha aqui. Se bem que talvez fosse melhor postar esse texto no blog d'O Conservatório... Ah, deixa pra lá. =p
# Aí vai!
A floresta era sombria, talvez pelo grande número de árvores, todas muito próximas umas das outras. A Natureza luxuriante pedia para ser desbravada.
Em uma clareira dessa floresta, o bravo bandeirante, incapaz de se mover, lança seu brado...
_SOCORROOOO!
_Que gritaria é essa, Derek?
Quando Strix ia visitar o Conservatório, Diego juntava suas revistinhas e se trancava no
banheiro. Daquela vez, porém, os gritos de Derek acabaram por despertar sua curiosidade. Afinal, o garoto agüentava calado todas as torturas... ou melhor, brincadeiras... a que Strix o submetia.
Aparentemente, daquela vez, a loirinha tinha se superado. Derek estava amarrado dos pés à cabeça ao encosto de uma cadeira da sala de estar, de pé e sem conseguir se mexer.
_Ah, Diego, é você... Pode me soltar?
_Ora, tenha dignidade! Você é um vampiro, arrebente as cordas.
_São aquelas cordas mágicas, que anulam poderes.
_Onde a Strix consegue essas coisas?
_Sei lá.
_Mas... Por que ela amarrou você?
_Foi o seguinte: estamos brincando de bandeirantes que procuram esmeraldas em Minas Gerais. A Strix é o Fernão Dias e eu sou o filho dele. Estávamos explorando a floresta, caçando, procurando esmeraldas e tal. Então, de repente, a Strix disse que tinha ouvido um ruído estranho e entrou por uma das salas de aula. Esperei um pouco. Quando fui olhar o que tinha acontecido, ela saiu de lá toda pelada, com o rosto pintado e uma corda na mão. Estava gritando que era uma tupinambá ou algo parecido. Isso não me cheirou bem. Tentei correr, mas ela me laçou pelo pescoço e me derrubou. Me puxou até aqui e me amarrou no encosto da cadeira. Como se não bastasse, começou a dançar em volta da cadeira, falando que ia me cozinhar. Depois, disse que ia buscar umas ervas na floresta e sumiu. Isso já faz um tempo, por isso, comecei a gritar.
_Essa garota tem sérios problemas... E que nó é esse?
Intrigado com o modo como a corda estava cruzada, Diego puxou uma das pontas do nó. Imediatamente, Derek soltou um gemido.
_Você apertou mais!
_Tô fazendo o que posso! Nunca vi um nó doido desse!
_SOLTE MEU FILHO, SELVAGEM MALDITO!
Diego e Derek levaram um susto. Strix surgira na porta da sala, apontando uma arma de água para Diego. Pelo menos, pensou o garoto, estava completamente vestida. Usava um chapéu e dois cintos masculinos cruzados no peito, imitando cartucheiras.
_Você ficou doida, menina?!
_BANG!
Ao “bang” se seguiu um esguicho da arma. Diego sentiu uma ardência ao ser atingido e um cheiro esquisito, que parecia ser...
_Alho?! Strix, você sabe que eu sou alérgico a essa porcaria...
_Estou dizendo para se afastar do garoto, ou vai comer chumbo da minha escopeta! Bang! Bang! Bang!
Enquanto dava novos esguichos de água com tempero, Strix foi se aproximando de Diego, que saiu correndo pela porta, tentando se desviar das rajadas. Seu rosto, que recebera a primeira carga, já estava vermelho.
_Vou contar para o seu pai!
_Isso! Fuja, pagão dos demônios! _ela ergueu os punhos para ele. Vendo que sumia no corredor, virou-se sorridente para Derek. _Está livre, meu filho.
Ela apenas puxou uma ponta da corda e o nó se desfez imediatamente, libertando o garoto.
_Como você fez isso?!
_É o nó do salteador, lembra? Um dos nós de escoteiro que o Lucius ensinou pra gente. Alôô? Uma ponta aperta o nó e a outra o desfaz, é fácil. Quer que eu demonstre?
_Já demonstrou, obrigado.
_Então vamos continuar a bandeira? Vou pegar essa corda, pode nos ser útil se os selvagens atacarem de novo.
Strix enrolou a corda e pendurou no ombro. Saíram andando pelos corredores sombrios do Conservatório, examinando o chão à procura de “esmeraldas”. Derek estava muito pensativo. Em certo instante, tomou coragem e abordou a irmã.
_Strix... Digo... Papai... Me responde uma coisa.
_Claro. O que é?
_Enquanto eu estava amarrado, lembrei do que a professora falou a respeito de bandeiras e bandeirantes e fiquei com uma dúvida... Fernão Dias não foi aquele cara que enforcou o próprio filho, por ter feito parte de uma rebelião da tropa?
Strix olhou para ele, para a corda no ombro, e a atirou para o lado com um sorriso amarelo.
_Estraga-prazeres!
segunda-feira, março 17, 2008
O fantasma da tendinite
# O excesso de trabalho na faculdade dos últimos tempos, aliado com meu vício de escrever, acabou desencadeando uma dorzinha chata na mão esquerda que ameaçou virar algo mais sério.
# Tem um bocado de textos velhinhos que não postei aqui (preguiiiiiça!), mas, por ora, deixo vocês com as novíssimas tiras do Bram e do Vlad, que você encontra nesse link:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=44961404&tid=2588072289563240187&start=1
# Rita, muito obrigada por ter criado a comunidade. ^^
# Se você não tem orkut, pode ver no meu photobucket, mas ele é um pouquinho mais bagunçado. xDD
http://s236.photobucket.com/albums/ff209/adrianastrix/